Pela minha experiência e familiaridade com diferentes tipos de relacionamentos – em geral não monogâmicos – é muito comum que eu seja vista como um oráculo a ser consultado quando o ciúme bate na porta dos namoros e casamentos alheios e passam de prova de amor para “onde foi que eu me enfiei?”. Isso vindo de quem sente ou é alvo desse sentimento.
O ciúme é amplamente retratado de forma fantasiosa e romântica, por isso é natural que, tomadas por uma nova paixão, as pessoas o alimentem e o exaltem. Mas, como gremlins, é possível e provável que a coisa desande, que se reproduza descontroladamente e deixe de ser aquele bichinho adorável e se torne um monstro gigante e asqueroso que domina o convívio.
E não, relações não monogâmicas, poliamorosas e/ou libertinas não estão livres disso. Longe de dar conselhos que ajudem a eliminar esse fantasma da sua vida. Minha conversa é sempre no sentido de como lidar melhor com isso. O ciúme existe, é fato, mas o que interessa para o mundo é o que você faz com ele.
Se você é o sócio-proprietário desse sentimento e se ligou que não está sendo saudável para o seu namoro – muito pelo contrário -, e infernizar a vida do(a) parceiro(a) não é uma alternativa, que tal apaziguar a paranoia e começar a se comportar como um ser humano decente nas redes sociais?
Dicas para controlar o ciúme nas redes sociais:
- Antes de pegar o celular do gato (ou da gata), coloque-se no lugar dele(a). Ter empatia pelo outro é um dos primeiros passos para evitar que o ciúme atropele a confiança no relacionamento.
- Priorize a liberdade de ambos. Nada mais gostoso do que namorar alguém em quem confiamos. Viva sua vida e deixe seu(a) parceiro(a) viver a dele(a). Sim, isso é um grande desafio e requer prática, mas você consegue _o/
- Por favor, compartilhar senhas não é sinal de confiança, mas sim de insegurança e possessividade! Seus dados são pessoais e devem ser guardados e usados apenas por você.
- Não meta o bedelho nas amizades do(a) seu(a) parceiro(a). Se segura! Contenha-se, divirta-se com os seus amigos, procure se entrosar com os(a) dele(a) e seja feliz.
- Lembre-se de que você não é dono(a) de ninguém. Antes de estar ao seu lado, ele(a) é alguém com identidade, desejos, gostos e vontades próprias. Respeite a individualidade de quem você ama. Isso pode até apimentar a relação.
- Não banque o(a) detetive virtual! Se rolar algum desconforto, o melhor caminho é uma conversa sincera para colocar os pingos nos “is”, ok? Isso com certeza vai evitar angustias futuras.
- Nem pense em criar perfis falsos para vigiar e fazer testes de fidelidade. Deixe isso para o João Kleber e chega de passar vergonha! Se a sua relação chegou a esse ponto, chegou a hora de repensar se ela está valendo mesmo a pena.
- Seguir ex-namorado(a) nas redes sociais não deve ser encarado como traição ou flerte. Todo ser humano é curioso, super normal. Em algum momento da vida, você fará algo assim também. Então, sem essa de “só eu posso”, tá?
- Sem fazer a linha “cachorrinho no poste”, respeite o espaço do(a) parceiro(a) não marcando território nas redes sociais. Não precisa ficar comentando todos os posts e fotos dele(a)… fica feio para você e só demonstra mais instabilidade na relação! Sem pressão social, amiga(o).
- Ao invés de passar horas nas redes sociais procurando motivos para brigas, que tal chamar ele(a) para dar uma volta, ter novas experiências e mais lembranças felizes? A vida real é bem mais interessante do que a virtual, a gente descobre isso a cada dia.
Agora, se o seu(a) namorado(a) é o ciumento da relação, mostre essas dicas para ele(a). Aquela “indireta do bem” super funciona e, principalmente, uma boa conversa com carinho e sem neuras também!
Boa sorte, e não deixe de conferir outras dicas aqui na Revista Sexlog ;)